Pense na seguinte questão: você está saudável, até que, repentinamente, é acometido(a) por uma doença grave, pandemia ou sofre um acidente que te deixa inconsciente. Seus familiares e amigos saberiam tomar decisões sobre o seu tratamento de saúde, como você gostaria de ser tratado(a)?
Dificilmente paramos para refletir sobre isso. Justamente por este motivo é que devemos pensar sobre o testamento vital ou DAV.
O que é?
Conforme já
abordamos, uma Diretiva Antecipada de Vontade (DAV) é um documento público, lavrado no Tabelionato, que exterioriza a vontade de uma pessoa lúcida com o objetivo de registrar os cuidados, tratamentos e procedimentos que ela deseja ou não ter, caso fique inconsciente em decorrência de uma doença ou acidente.
As Diretivas Antecipadas de Vontade são uma forma também de tomar conta de quem a gente ama, fazendo com que suas próprias vontades sejam respeitadas. Por exemplo: seu pai ou tio teve uma morte cerebral e está sendo sustentado por aparelhos em um hospital. Quando o médico traz aos familiares a possibilidade de desligar os aparelhos, as pessoas costumam se sentir culpadas, como se estivessem “matando” a pessoa. Com a DAV, a vontade já está por escrito, como não ser mantida por aparelhos, por exemplo. Dessa forma, os familiares tomam a decisão sem culpa, sabendo que respeitam a sua vontade..
A DAV é obrigatória?
O documento das Diretivas Antecipadas de Vontade é facultativo, ou seja, não é obrigatório. Mas é importantíssimo para expressar as suas decisões. Além disso, você pode alterar ou cancelar o documento a qualquer hora. Não precisa de testemunha, o que torna o processo muito mais fácil.
Criar uma DAV ou testamento vital é tão importante para os familiares e amigos, como, principalmente, para quem faz, pois faz prevalecer os próprios desejos sobre os dos parentes. Assim, evita que eventuais conflitos emocionais ou religiosos possam interferir no tratamento de saúde que você espera ter.
Pense nisso!